Descrição: O presente estudo analisa a construção imagética de corpos. Suas questões alocam-se principalmente na construção do corpo erótico pela indústria de massa do século XX, em especial pelas revistas eróticas voltadas ao público masculino. Tais revistas surgem como periódicos de larga circulação no cenário pós Grandes Guerras Mundiais. A pesquisa baseia-se principalmente em três destacadas revistas masculinas: a revista norte-americana Playboy – com circulação iniciada no ano de 1953, a revista francesa Lui – cuja primeira edição data de 1962, e a revista brasileira Homem, de 1975. Se a cultura de massa do século XX vê-se quase que obcecada pela beleza e por corpos eroticamente construídos, a arte moderna parece não cessar de desmontar e de fragmentar corpos humanos. A representação do corpo anatômico que foi foco no Renascimento, ao longo do século XIX veio experimentando sucessivas aberturas e fragmentações.
No século XX, com a consolidação e o barateamento da atividade e da reprodutibilidade fotográfica e com suas incontáveis experiências de guerra, a atividade artística parece ter quase abandonado a representação de corpos belos. A imagem das artes que abandonaria esse montar de corpos, passou a desmontá-los. Em vez de apresentar belos e anatômicos corpos postulados pelas políticas higienistas, racionalização do trabalho, cultura do esporte e da ginástica, a atividade artística começa a questionar estas figurações otimistas do corpo abordadas pela publicidade e pelo mundo do espetáculo. As experiências de guerras apontavam corpos mutilados e rostos massacrados. A violência, a matança, essa civilização que se devorava começa a ser pensada e a ser feita imagem de arte.
Situação: Em andamento.
Natureza: Pesquisa.
Integrantes: Daniela Queiroz Campos – Coordenadora.
Para ter acesso a projetos de pesquisa anteriores, acesse: http://lattes.cnpq.br/6762399715666997.