1. Dados de Identificação:
Duração: 40 h/a (10 encontros quinzenais)
Horário: 2as feiras, 9h-12h30, no Lamap, 6o andar CFH
Início: 12/03/2018 – Término: 09/07/2018
Público alvo: estudantes de graduação, pós-graduação, profissionais do campo cultural e demais interessados.
Promotores: LAMAP
Coordenação: Leticia Nedel
2. Proposta e público-alvo
O curso de extensão “A Memória Social em Debate” destina-se a estudantes de graduação e pós-graduação em história e ciências sociais, bem como aos profissionais do direito, da cultura e das artes interessados em refletir sobre as múltiplas temporalidades, dimensões e finalidades de que se reveste o trabalho da memória social.
O curso prioriza, na sua segunda edição, o tema da gestão pública de memórias de sofrimento e violência. Alinhado a uma perspectiva histórica interdisciplinar, conectada à produção de diferentes áreas do conhecimento voltadas ao estudo das políticas e práticas contemporâneas de representação do passado, tem como objetivo de fundo restituir a historicidade do processo, iniciado há cerca de cinquenta anos, que fez deslizar a memória pública do terreno da celebração para o domínio dos direitos – entre eles, o direito à memória e à verdade. No encaminhamento dessa questão, o curso trata das correlações assumidas entre história e memória no contexto das lutas por reparação, examinando as relações de força, as hierarquias de autoridade e de valor produzidas e contestadas na consagração de agentes, práticas, lugares e artefatos como testemunhos representativos da memória de vítimas da violência política e evidências de violação de direitos humanos.
Entre os conflitos compreendidos na análise dos efeitos de acontecimentos trágicos do século XX sobre o debate cívico atual em diferentes países do ocidente, está a defasagem entre a memória nacional enquadrada pelos calendários e rituais públicos e as narrativas proferidas pelas vítimas. Tais conflitos, quer tomem a forma da denúncia, da censura, do segredo ou do silenciamento, podem servir como meio privilegiado de interrogar as condições específicas de transmissão cultural de memórias traumáticas. Neste sentido, a abordagem interdisciplinar aqui proposta pretende contribuir para o aperfeiçoamento dos ferramentais analíticos voltados ao exame da gestão pública de passados sensíveis, cujos efeitos atravessam não só as vidas individuais, mas o debate cívico.
3. Objetivos
– Promover a inter-relação entre pesquisa, ensino e extensão por meio do diálogo interdisciplinar entre profissionais do campo das artes, do direito e da cultura e estudantes de graduação e pós-graduação;
– Contribuir para a formação de pesquisadores nas linhas de pesquisa em que atua o Laboratório Memória, Acervos e Patrimônio (LAMAP)
– Criar um espaço acadêmico interdisciplinar de estudo, discussão e pesquisa sobre memória e patrimônio, em suas diferentes configurações locais;
– Gerar pesquisas sobre as condições sociais de produção e mediação de memórias portadoras de sofrimento e violência, relativas a acontecimentos trágicos do século XX;
– Examinar a dinâmica das lutas por reparação e os investimentos públicos e privados feitos na preservação, custódia e acesso a acervos que reúnem provas de violação de direitos humanos.
4. Metodologia
Serão feitas leituras e seminários de obras clássicas da epistemologia da história e da historiografia da memória, além de trabalhos recentemente produzidos nos âmbitos da arquivologia, da museologia, das ciências sociais e da psicanálise. As leituras aportarão subsídios ao tratamento de questões éticas e metodológicas implicadas na pesquisa e intervenção patrimonial sobre o legado material e simbólico da violência política na América Latina e na Europa.
O curso está estruturado em quatro eixos de discussão, a saber:
-
Diálogos entre História e Psicanálise a propósito da Memória;
-
A memória violentada: dever de memória, censura, segredo e interdito moral;
-
Vetores e mediações da memória: a transmissão cultural de passados sensíveis;
-
Memória, justiça e reparação: a posição do historiadorO conjunto de reflexões organizadas em torno desses tópicos proporciona o contato com teorias e experimentações ensaiadas em diferentes especialidades compreendidas na bibliografia, onde se reúnem pesquisas sobre temas candentes da memória e da história política contemporânea. Além da leitura, apresentação e discussão dos textos listados no cronograma, serão exibidos e debatidos vídeo documentários que tematizam questões de interesse para o grupo. Pretende-se, com essas atividades, apresentar aos participantes uma oportunidade de conduzirem projetos investigativos sobre as lutas identitárias e memoriais na contemporaneidade, orientando sua inserção no campo de pesquisa sobre memórias traumáticas e fornecendo instrumentos úteis à análise das relações entre memórias vividas, políticas de patrimônio e a memória histórica.
5. Conteúdo Programático:
O Traumatismo na função psíquica da Memória. Memória e Psicanálise nas epistemologias históricas de Michel de Certeau e Paul Ricoeur. O arquivo como metáfora da memória e mapa do conhecimento. Documento-monumento. Figuras do esquecimento. A ideia de nação e a construção da memória histórica; Patrimônio e diversidade cultural. Memória individual, memória coletiva, memória histórica. Memória e temporalidade. Lugares e meios de memória. A memória na História do Tempo Presente. Memória e Identidade. Memória, registro e oralidade. Patrimônios e direitos. Processos de autenticação e contextos de significação de arquivos e coleções. Memória, esquecimento e silêncio. Padrões discursivos da memória e usos políticos do passado. A compreensão histórica no limite do aceitável. O interdito moral do testemunho.
5.1 Cronograma de Leituras
12/03 – Abertura. Questões conjunturais da memória: guinada subjetiva e dever de memória. SARLO, Beatriz. Tempo passado: cultura da memória e guinada subjetiva. São Paulo: Companhia das Letras, Belo Horizonte: UFMG, 2007. Capítulos 1-3.; HEYMANN, Luciana. “O devoir de mémoire na França contemporânea: entre memória, história, legislação e direitos”. In: GOMES, Ângela de Castro. (org.) Direitos e Cidadania: memória, política e cultura. Rio de Janeiro: FGV, 2007, p. 15-44
26/3 – Discussão de De Certeau, Michel. “A operação historiográfica” In: A Escrita da História. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1982 e Ricoeur, Paul. L’écriture de l’histoire et la représentation du passé. In: Annales. Histoire, Sciences Sociales. 55e année, N. 4, 2000. pp. 731-747.http://www.persee.fr/web/revues/home/prescript/article/ahess_0395-2649_2000_num_55_4_279877
09/4 – FREUD, S. “Recordar, repetir e elaborar”. In: _____. Obras Completas, vol. 10. São Paulo: Cia das Letras, 2014, pp. 193-209. FREUD, S. “A Fixação no Trauma, o Inconsciente.” In: ____. Teoria Geral das Neuroses. Obras Completas, vol. 13, São Paulo: Cia das Letras, 2014
23/4 – De Certeau; Michel. Historia y Psicoanlisis. Mexico; Universidade Iberoamericana, 1995 [1987].
07/5 – RICOEUR, Paul. “A Memória Arquivada”. In: ______. A memória, a história, o esquecimento. Editora da UNICAMP, 2007. (Parte 1) e POLLAK Michael, HEINICH Nathalie. “Le témoignage” Actes de la recherche en sciences sociales. Vol. 62-63, juin 1986.. pp. 3-29.e
21/5 – RICOEUR, Paul. “O esquecimento e o “Perdão Difícil”. In: _____. A memória, a história, o esquecimento. Editora da UNICAMP, 2007. ANHEIM, Étienne. (2004) “SingulièresArchives. Le statut dês archivesdansl’épistémologiehistorique. Une discussion de La Mémoire, L’HIstoire, L’Oubli de Paul Ricoeur.” Revue de Synthèse, Paris, 5ª serie, p. 153-182.
04/6 – MORENO, Maria Manuela Assunção; COELHO JUNIOR, Nelson Ernesto. “Trauma: o avesso da memória.” Ágora, Rio de Janeiro, v. 15, n. 1, p. 47-61, Jun. 2012.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S151614982012000100004&lng=en&nrm=iso e POLLAK Michael. “La gestion de l’indicible.” Actes de la recherche en sciences sociales. Paris, Vol. 62-63, juin 1986. pp. 30-53. www.persee.fr/doc/arss_0335-5322_1986_num_62_1_2315
18/6 – RADSTONE, S. HODGKIN, K. Regimes of Memory. London: Routledge, 2001.
02/7 – MILLER, Barbara. Narratives of Guilt and Compliance in Unified Germany. Stasi informers and their impact on society. London: Routledge, 2002. (Cap. a definir) e ROUSSO, Henry. Stalinise et Nazisme. Histoire et Memóire Comparées. Bruxelles, Ed. Complexe, Paris, IHTP-CNRS, 1999. (Cap. a Definir)
09/7 – HUNT, N. Memory, War and Trauma. Cambridge University Press, 2010.
Ciclo de Cine documentário: É tudo lembrança
Local e horário: Lamap 19h. Dias a definir
– Passaporte Húngaro, Sandra Kogut
– Tecido Memória – Sergio Leite Lopes, Celso Brandão; José Ricardo Ramalho
– A vida dos outros – Florian Henckel von Donnersmarck
– Fios da memória – Eduardo Coutinho
– 15 Filhos – Maria Oliveira e Marta Nehring
– Uma vida Iluminada – Liev Schreiber
– O Leitor- Stephen Daldry
6. Bibliografia Complementar:
ABREU, Regina e CHAGAS, Mário (Orgs). Memória e Patrimônio: ensaios contemporâneos. Rio de Janeiro: DP&A, 2003.
ANHEIM, Étienne et PONCET, Olivier. “Fabrique des Archives, Fabrique de l’Histoire.” Revue de Synthèse, Paris, 5ª serie, p. 1-14, année 2004.
ARTIÈRES, Phillipe. “Espaces d’archives”. Societés et Représentations, Lieux d’archive. Une nouvelle cartographie de La Maison au musée. Paris, no. 19, avril 2005.
Bastian, Jeannette. “Reading Colonial Records through an Archival Lens: The Provenance of Place, Space, and Creation.” Archival Science 6, no. 3 (2006): 267–284.
BOSI, Ecléa. Memória e Sociedade. Lembranças de Velhos. São Paulo: Cia das Letras, 1994
BOURDIEU, Pierre. L’illusion biographique. Actes de la recherche en sciences sociales. Paris, Vol. 62-63, juin 1986. L’illusion biographique. pp. 69-72.
BROTHMAN, Brien. “Orders of Value: Probing the Theoretical Terms of Archival Practice.” Archivaria, no. 32, 1991.
CAMARGO, Ana Maria de Almeida. “Os arquivos da polícia política como fonte.” Registro, Indaiatuba, n. 1, p. 5-11, jul. 2002.
CHAGAS, M. &SANTOS, M. Museus, Coleções e Patrimônios: narrativas polifônicas. Rio de Janeiro: Ed.IPHAN/GARAMOND, 2007.
CHRISTEN, Kim. “Opening Archives: Respectful Repatriation.” The American Archivist 74, no. 1 (2011): 185–210.
CLIFFORD, James. “Colecionando Arte e Cultura”. Revista do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Brasília: IPHAN, 1994 P. 69-89
COOK, Terry. (1997). “What is Past is Prologue: a history of archival ideas since 1989, and the future paradigm shift”. Archivaria 43.
COSTA, Célia L. “Intimidade versus interesse público: a problemática dos arquivos”. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, no. 21, pp. 189-1999, 1998.
COSTA, Celia Maria Leite e FRAIZ, Priscila M. V. “Acesso à Informação nos Arquivos Brasileiros”. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 2, no. 3, pp. 63-76, 1989.
COSTA, Celia Maria Leite. “Acesso à Informação nos Arquivos Brasileiros, retomando a questão”. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, no. 32, 2003.
CUNHA, Manuela Carneiro da. “ ‘Cultura’ e cultura: conhecimentos tradicionais e direitos intelectuais”. In: Id. Cultura com Aspas. São Paulo: Cosac Naify, 2009, pp. 311-387
CUNHA, Olívia Maria Gomes da. 2005. Do ponto de vista de quem? Diálogos, olhares e etnografias dos/nos arquivos. Estudos Históricos: .(http://www.cpdoc.fgv.br/revista/asp/dsp_edicao.asp?cd_edi=54)
DERRIDA, Jaques. Mal de arquivo: uma impressão freudiana. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2001.
DIAS, Reginaldo Benedito. “A Comissão Nacional da Verdade, a disputa da memória sobre o período da ditadura e o tempo presente”. Patrimônio e Memória. São Paulo, Unesp, v. 9, n. 1, p. 71-95, jan.-jun. 2013.
DOMANSKA, Ewa. “The Material Presence of the Past”. History and Theory 45, october, 2006
FARGE, Arlette. O Sabor do Arquivo. São Paulo: Edusp, 2009.
FERREIRA, Jorge; DELGADO, Lucília de Almeida Neves (orgs.). O Brasil Republicano. O Tempo da ditadura: regime militar e movimentos sociais em fins do século XX. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003. Vol. 4.
FICO, Carlos. “A Ditadura Documentada. Acervos desclassificados do regime militar brasileiro. Acervo, Rio de Janeiro, v. 21, no 2, pp. 67-78, jul.-dez. 2008.
FOUCAULT, M. (1986) A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense-Universitária.
GILLILAND, Anne and MCKEMMISH, Sue “Rights in Records as a Platform for Participative Archiving.” In Archival Research and Education: Selected Papers from the 2014 AERI Conference, edited by Richard J. Cox, Alison Langmead, and Eleanor Matter, 355-385. Sacramento, CA: Litwin Press, 2015.
GINZBURG, Carlo. ‘Controlando a evidência: o juiz e o historiador’. In: NOVAIS, Fernando A.; SILVA, Rogério F. da (Orgs.). Nova História em perspectiva. Vol. 1. São Paulo: Cosac Naify, 2011, pp. 341-358.
GOMES, Ângela de Castro. (11998) “Nas Malhas do Feitiço”. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 11, no. 21, pp. 121-127
HALBWACHS, Maurice. A Memória Coletiva. São Paulo: Vértice, 1990.
HARRIS, Verne. “On the Back of a Tiger: deconstructive possibilities in ‘Evidence of me’. Archives and Manuscripts, v. 29:1, 2001.
Harris, Verne. Archives and Justice: A South African Perspective. Society of American Archivists, Chicago, IL, 2007.
HARTOG, François. Evidência da História. O que os historiadores vêem. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.
HARTOG, François. Regimes de historicidade: presentismo e experiências do tempo. Belo Horizonte: Autêntica, 2014
HOBBS, Catherine. 2001. “The Caracther of Personal archives: reflections on the value of records of individuals” Archivaria, 52.
HUYSSEN, Andreas. Seduzidos pela memória. Rio de Janeiro: Aeroplano, 2000.
JOFFILY, Mariana. No centro da engrenagem: interrogatórios na Operação Bandeirante e no DOI de São Paulo (1969-1975). Rio de Janeiro: Arquivo Nacional; São Paulo: Edusp, 2012.
KAPLAN, Elisabeth. “‘Many Paths to Partial Truths’: archives, anthropology, and the Power of representation’”. Archival Science no. 2, pp. 209-220, 2002.
LE GOFF, Jaques. História e Memória. Campinas: Ed. da Unicamp,1992.
LEVI, Giovanni. “O Trabalho do Historiador: pesquisar, resumir, comunicar.” Revista Tempo, São Paulo, v. 20, 2014, pp.1-20
LOWENTHAL, David. « Como conhecemos o passado. » Projeto história [PUC-SP], São Paulo, n.17, nov.1998, p.63-201
LYTHGOE, Esteban. La convergencia de la historia y el psicoanálisis en Paul Ricoeur. História da Historiografia, Ouro Preto, n. 23 abril 2017, pp. 114-129. Disponível em: https://historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/1109/674
MCKEMMISH, Sue. 2001. « Evidence of me » Archives and Manuscripts, V. 29,no. 1.
MENEZES, Ulpiano T. Bezerra de. “Memória e cultura material: documentos pessoais no espaço público”, Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 11, no. 21, 1998, pp. 89-104.. MOLINA, Talita dos Santos. “Arquivos Privados e Interesse público. Caminhos da patrimonialização documental”. Acervo, Rio de Janeiro, v. 26, no. 2, jul/dez 2013
MORAES, João Quartim de. História do Marxismo no Brasil. V. 3. Teorias. Interpretações. Campinas, Ed. UNICAMP, 2007.
MOTTA, Rodrigo Pato Sá. “Modernizando a repressão. A Usaid e a polícia brasileira”. Revista Brasileira de História 2010, no. 30 (Junho-set 2010. Disponível. em <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=26314778012>
MOTTA, Rodrigo Pato Sá. “Os Olhos do Regime Militar nos campi. As assessorias de segurança e informações das universidades. Topoi, Rio de Janeiro, v. 9, n. 16, jan.-jun. 2008, p. 30-67.
MOTTA, Rodrigo Pato Sá. As Universidades e o Regime Militar: cultura política brasileira e modernização autoritária. Rio de Janeiro: Zahar, 2014.
MOTTA, Rodrigo Patto Sá. História, memória e as disputas pela representação do passado recente. Patrimônio e memória. São Paulo, Unesp, v. 9, n. 1, p. 56-70, jan.-jun. 2013.
MOTTA, Rodrigo Pato Sá. “Incômoda Memória. Os arquivos das ASI universitárias. Acervo, Rio de Janeiro, v. 21, no 2, p. 43-66, jul/dez 2008 Disponível em: http://revista.arquivonacional.gov.br/index.php/revistaacervo/article/view/295.
PADRÓS, Enrique Serra. História do tempo presente, ditaduras de segurança nacional e arquivos repressivos, Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 1, n. 1, p. 30 – 45, jan.-jun. 2009.
PEREIRA, Mateus Henrique. “Tempo de Perdão? Uma leitura da utopia escatológica de Paul Ricoeur em A memória, a história e o esquecimento”. História da Historiografia, Ouro Preto, n. 19, dezembro, 2015, pp. 66-87 . Disponível em: https://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/897/596
PEREIRA, Mateus Henrique. “Tempo de Perdão? Uma leitura da utopia escatológica de Paul Ricoeur em A memória, a história e o esquecimento”. História da Historiografia, Ouro Preto, n. 19, dezembro, 2015, pp. 66-87 . Disponível em: https://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/897/596
PINTO, Simone Rodrigues. Direito à memória e à verdade: comissões da verdade na América Latina. Revista Debates. Porto Alegre, V. 4, n.o 1, jan-jun. 2010.
POLLAK, Michael. “Memória, esquecimento, silêncio”, Rio de Janeiro, Estudos Históricos, v.2 no. 3, 1989, pp3-15.
POLLAK, Michael. Memória e Identidade Social. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 5, n. 10, 1992, p. 200-212
POMIAN, Krzysztof. “Coleção”. Enciclopédia Einaudi, v. 1 História-Memória. Lisboa: Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1984, pp. 51-86.
POMIAN, Krzysztof.” Lesarchives: duTrésordeschartesau Caran”. In: NORA, P. (Dir.). Les lieux de mémoire. III. Les France 3. del’archive à l’emblème. France: Éditions Gallimard, 1992.
PROCHASSON, Christophe. (1998) “ ‘Atenção: verdade!’ Arquivos privados e renovação das práticas historiográficas”. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, vol. 11, no. 21, pp. 105-119.
RANDOLPH, John. “On the Biography Bakunin Famly Archive”. In: BURTON, A. Archive Stories. Acts, Fictions, and the writing of history. Duke University Press, 2005
REIS, Daniel Aarão. Ditadura e sociedade: as reconstruções da memória. In: REIS, Daniel Aarão; RIDENTI, Marcelo; MOTTA, Rodrigo Patto (Org.). O golpe e a ditadura militar: quarenta anos depois (1964-2004). Bauru, SP: Edusc, 2004, p. 53-66.
RIDENTI, Marcelo. O Fantasma da Revolução Brasileira. São Paulo: Editora UNESP, 2010.
RIDENTI, Marcelo. Resistência e mistificação da resistência armada contra a ditadura: armadilhas para os pesquisadores. In: REIS, Daniel Aarão; RIDENTI, Marcelo; MOTTA, Rodrigo Patto (Org.). O golpe e a ditadura militar: quarenta anos depois (1964-2004). Bauru, SP: Edusc, 2004, p. 67-77.
ROUSSO, H. and CONAN, E. (eds. ) Vichy: an ever-present past. UPNE, 1998.
ROUSSO, Henry. A Última Catástrofe. A história, o presente, o contemporâneo. Rio de Janeiro: FGV Editora, 2016.
SANTOS, C. M. A justiça ao serviço da memória: mobilização jurídica transnacional, direitos humanos e memória da ditadura.” In: SANTOS, Cecília M.; TELLES, Edson/ TELES, Janaína de A. Desarquivando a ditadura. Memória e Justiça no Brasil, volume 2. São Paulo: Ed. HUCITEC, 2009, pp. 472-495
SMITH, Richard. Art and the Performance of Memory. Sounds and gestures of recollection. London: Routledge, 2002.